Na madrugada aqueles olhos inquisitores: “Você me ama?”. Claro que amo... “Não estou falando disso, quero saber se me ama como amará apenas um.” Mas por que isso agora? A essa hora da madrugada. É mesmo relevante? Saber o que nem eu sei. Os lábios tremiam. Olhos fixos nos meus. Na maior parte do tempo, disse, finalmente, eu não sei. Em outras horas vezes amo, vezes tenho medo. “Medo de que?” De ti! Ora essa! Não sabe quão perturbador é acordar com teus olhos, teus lábios trêmulos, a me questionar... Sempre... O peso da tua presença nula. Nula. Porque desconheço suas feições. Não sei quem é você. Só posso ver teus olhos, lábios. E quanto medo me invade... A essa hora?
Não sabe? Pois se não sabe, não sou eu quem vai dizer. Viro de lado, retomo o travesseiro nos braços. Suspiro. Vai-te embora! Ô traste! Não te revelas nunca! Pergunta boba... Ora essa...
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Um comentário:
Olhos fechados, feridas abertas, perguntas frequentes, e a dor latente. Me diga: quem é voce?
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