sexta-feira, 26 de setembro de 2008

As horas Breves

Dedico à minha constante.
Ao meu amigo.
À minha alma.

Quarto. Domingo. Inércia. Você. Chego com um sorriso no rosto. Aposto que você ainda não levantou dessa cama hoje. Você ri, num riso meio bobo de quem discorda concordando. Reclama. Por que não veio antes? Viria se pudesse. Sempre que posso venho. Me encosto. Tão natural. É tudo tão simples quando a gente está assim...
Com você eu posso falar dos meus sonhos estranhos da noite, dos meus medos, deixo sempre tudo assim, meio vago. Você entende. Comigo você pode falar do seu dia. Da sintonia. Das coisas que se passam. A gente fala de um Café. De uma faculdade que poderia acontecer depois dessa. Letras. E por que não?
Daí ronronando você deixa o msn de lado. Deita ao meu lado. E a gente fica falando do futuro. Dos amores. Das dores. Faço carinho no seu rosto, assim natural... Nem percebo... Você, uma criança doce. Ao meu lado.
O tempo parece que voa. Vou ficar só duas horinhas... Mas vou sempre tão tarde....Por que passa tão depressa? Tenho que tomar meu remédio...Mas tão bom aqui. Fica vai... Fica...
Ouvimos e cantamos músicas. Às vezes a mesma por diversas vezes. “Que letra linda!” De alguma forma a gente sempre se encontra nelas. Rsrs...Você não reparou?? Não acredito... “...aquela que um dia o fez sonhar se foi com outro, no dia em que os dois se casariam por amor...” “Eu não tinha reparado.....”.Caio de rir com essa sua cabeça avoada. Acha lindo, mas não entende. Entender....Acho que no fundo ninguém entende nada. Só aceita, não é mesmo? Aiai....como a vida é bela... rsrs...
Te faço perguntas e você promessas. Será que vai mesmo ligar de Amsterdã? Olha que longe você me esquece. “Esqueço nada...”. Talvez uma constante. Talvez não. Tudo depende da força verdadeira dos laços. Quem sabe um dia se viajar no tempo, me ligue dizendo um “olá”.
E quando você viaja seu quarto fica tão calado. O som da falta da sua voz ensurdece meus ouvidos. Os objetos espalhados pelo quarto, inertes, mas em cada um, um movimento seu. Em cada canto sua presença. Alguém me tire daqui!! Impossível esse lugar tão cheio e vazio de você. Volta. Volta logo. Traz as malas e fotos. Fatos. Seu final de semana.
E quando voltar me abraça bem apertado que é pra eu saber que vai sempre estar aqui. Mesmo que não esteja.
E quando voltar sorria aquele seu sorriso largo. Pra que eu entenda de uma vez por todas que o hoje vale a pena. Que é só ter um pouco de força, e tudo ficará melhor. Exatamente onde deve estar.
Semestre que vem? Que venha. E que até lá, tudo fique mais fácil pra nós dois. Cada um na sua luta. Cada um na sua fé. Cada um na sua dor. Mas que exista um pouco de mim em você. Que eu seja uma constante em sua vida. E o pouco de você já está dentro de mim. O pouco é muito. O suficiente pra que eu ria seu riso. Pra que eu chore seu pranto.

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