Gosto do espelho do banheiro da rodoviária de Prudente. Sempre que nele me olho, me vejo diferente da última vez que por ali passei. Sinto como se visse a mesma imagem que os que não me vêem há algum tempo fosse ver. Família. Amigos. Mais “nega”, mais velha. Com certeza mais velha. Fica bem nítido nos olhos. Olhos de: “nem que eu fale, explicaria por tudo que passei nesse tempo em que não estavam aqui”.
Não sou a mesma. E não serei mais essa da próxima vez que por aqui eu passar.
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Um comentário:
O espelho só reflete aquilo que a alma transpassa, de repente angústia, alívio, quanta bipolaridade há num espelho. Mas se o espelho reflete o íntimo, de fato. Somos o espelho. E Refletimos e mudamos.
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